A notícia de que tinha havido uma explosão em instalações petrolíferas na Arábia Saudita levou ontem os preços do petróleo para máximos. A negação da mesma notícia inverteu a tendência positiva.
Os preços do barril de Brent continuam acima de 125 dólares, apesar de estarem hoje a desvalorizar-se. Os preços da matéria-prima negociada na bolsa de Londres afastam-se, assim, do máximo de quatro anos que ontem alcançaram.
Os contratos futuros do Brent estão a descer 0,40% para 125,69 dólares por barril, depois de ontem terem disparado perto de 5% ao tocarem nos 128,40 dólares. Foi o preço mais alto desde Julho de 2008, quando estava, na altura, a recuar do seu máximo histórico (147,50 dólares por barril).
Da mesma forma, também hoje o preço dos contratos futuros do West Texas Intermediate, negociados em Nova Iorque, está a recuar. O crude soma 0,36% para 108,45 dólares, estando já a ceder terreno no acumulado da semana, embora tenha ontem superado os 110 dólares por barril.
Os preços estão hoje a declinar depois de ter sido negado pelo Governo da Arábia Saudita que tenha havido qualquer explosão num oleoduto na área em que está situada a sua maior refinaria, rejeitando também qualquer sabotagem, de acordo com a Bloomberg.
Tinha sido esta a notícia a impulsionar as valorizações do “ouro negro” na sessão de ontem, quando foi avançada pela Press TV, do Irão. O “Financial Times” relembra que a Arábia Saudita é o principal rival do Irão no Médio Oriente, numa altura em que o regime de Teerão perde terreno no mercado petrolífero com a implementação de sanções devido ao seu programa de armamento nuclear.
A questão do Irão – sanções impostas pelos EUA e pela Europa para que o país coloque de parte o seu programa de armamento nuclear – tem sido a impulsionadora dos ganhos dos preços da matéria-prima este ano. O Brent já ganhou 17% desde o início do ano, sendo que a subida do crude negociado em Nova Iorque se fixa em quase 10%.
Fonte: Jornal de Negócios
