Pelo menos 73 pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante uma briga de adeptos no estádio de futebol de Port-Saïd, na capital do Egito. Os adeptos invadiram o campo e atacaram jogadores, após a derrota do melhor time do país. A Federação Egípcia de Futebol decidiu suspender o campeonato.
Os times egípcios Al-Masry e Al-Ahly se enfrentavam na 17ª partida do campeonato nacional, nesta quarta-feira no Cairo, quando fogos de artifício começaram a ser atirados no meio do campo. Em vários momentos, o jogo foi ameaçado de suspensão por causa da tensão nas arquibancadas.
Segundo testemunhas, adeptos do Al-Masry jogaram pedras, garrafas e rojões contra os adeptos do Al-Ahly, como sinal de provocação, o que teria dado início à violência física.
Considerado um dos melhores clubes do país, o Al-Ahly perdeu por 3 a 1, a sua primeira derrota na temporada, na casa do adversário. No momento do apito final, os adeptos invadiram o campo e atacaram jogadores. A polícia não conseguiu conter a multidão. As vítimas foram levadas para hospitais.
“É triste e angustiante o que aconteceu. Trata-se da maior catástrofe na história do futebol egípcio”, declarou o vice-ministro egípcio da Saúde, Hecham Cheïha.
Em outro estádio no Cairo, um incêndio provocou o cancelamento de uma partida que era jogada pelos clubes al-Zamalek e Ismaïly. Autoridades dizem que o fogo foi uma reação à violência no outro estádio da cidade.
O parlamento anunciou que vai realizar uma reunião extraordinária nesta quinta-feira para tratar da violência no futebol.
Fonte: RFI