“Vamos trabalhar para uma governação mais interactiva, de proximidade, mais dinâmica, com aposta no melhoramento das unidades sanitárias de base, mais distribuição de água potável, electricidade e uma especial atenção à habitação social e loteamento de terrenos para alargamento das reservas fundiárias, terminando assim com a venda ilegal de terrenos”, disse o governador de Luanda, Bento Bento, ontem, numa cerimónia de cumprimentos de fim de ano.
Bento Bento anunciou que a partir de agora vai ser aplicada a lei “de forma severa” contra quem se apropriar de terrenos das reservas fundiárias, “uma prática cada vez mais frequente na cidade capital, sobretudo nos municípios de Viana, Samba, Cacuaco, e Ramiros”.
O governador de Luanda disse que “este é um tempo de reflexão, de ponderação, de desafios e um tempo de dinâmica e diligência”. Bento Bento reconheceu que existem muitos problemas por resolver, muitos deles graves, “pois a nossa cidade é das que têm mais população no continente africano, o que podemos considerar como uma mega cidade e todas as mega cidades enfrentam enormes problemas e desafios como crescimento desorganizado, poluição, saneamento, trânsito elevado e criminalidade”.
O governador de Luanda disse que existem situações anómalas na cidade “por falta de rigor, profissionalismo, e responsabilidade” dos que têm responsabilidades no Governo Provincial e nas administrações locais.
“Sofremos forte influência do mundo global, por isso é necessário resgatar os valores culturais, morais e cívicos, os valores da família e da solidariedade como alicerces da boa cidadania, porque com estes factores e a cooperação conjunta é possível alcançar melhores resultados em Luanda”, disse Bento Bento. O governador de Luanda prometeu mais atenção aos idosos do Beiral, introduzindo mais apoios na saúde e mais ocupação dos seus tempos livres. Também anunciou uma aposta na educação cívica e na criação de oportunidades para os jovens.
O governador de Luanda falou do estado das escolas públicas e prometeu a construção de novas escolas, diminuindo deste modo o alto índice de crianças fora do sistema público de ensino.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Kindala Manuel