O Egipto condenou na quarta-feira as “ingerências” estrangeiras, depois que a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, criticou o tratamento dado pelas Forças Armadas às mulheres nas recentes manifestações do Cairo.
“O Egipto não aceita nenhuma ingerência nos seus assuntos internos”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammed Amr, à imprensa.
O ministro acrescentou que o Cairo quer “esclarecimentos sobre as declarações de autoridades estrangeiras em relação aos assuntos internos do Egipto”.
No domingo, um jornal privado egípcio publicou na sua capa uma fotografia que mostrava soldados a arrastar no chão uma manifestante, espancando-a e deixando à mostra o seu sutiã e a barriga. A foto, que se espalhou rapidamente pelas redes sociais, provocou indignação no Egipto.
A violência contra as mulheres nas manifestações é indigna da revolução e desonra o Estado egípcio, disse segunda-feira a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, que acrescentou que estes incidentes eram “muito chocantes”.
Na terça-feira, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que dirige o Egipto desde Fevereiro, expressou o seu pesar pelas agressões às mulheres nas recentes manifestações no Cairo.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: AFP