Quando todos esperavam pela ponte para facilitar o movimento rodoviário entre Mulenvos e Cacuaco, a partir da Estrada Nacional 230, o espaço que circunda aquela infra-estrutura do Km 14 foi tomada de assalto por vendedoras que montaram ali um mercado.
Inicialmente eram os moto-taxis e roboteiros que dominavam o espaço.
Os primeiros tratavam e continuam a tratar de recolher os passageiros de desembarcam em viaturas saídas de várias partes de Viana e Luanda, cujos destinos são os bairros limítrofes e vice-versa.
Os segundos (roboteiros) procedem ao carregamento de mercadorias dos armazéns situados do outro lado da estrada nacional, mais tarde absorvidos pelos moto-taxis que transportam os passageiros e mercadorias para os diversos bairros.
Com o passar do tempo, o cenário da zona mudou, como documenta a foto de Pedro Nicodemos. De um simples parque do moto-taxi e de roboteiros pacatos, o recinto viu agora a se lhe acrescentar um novo inclino: vendedoras que montaram às pressas um mercado.
De dia, de tarde ou de noite, os mototaxistas, roboteiros, vendedoras, delinquentes e transeuntes acotovelam-se para uma posição mais vantajosa no terreno, para o acesso ao Mulenvos ou para a Via Expressa Luanda/Viana.
Diante do actual cenário, Walter Silva disse a O PAÍS não haver sensibilidade por parte do Instituto de Estrada de Angola perante o sofrimento da população. A ponte, em seu entender, é um meio que iria facilitar não só as pessoas que vivem no Morro d’areia, como também as dos arredores.
A sua edificação seria um alívio para os munícipes e para os automobilistas que pretendem aceder a outras partes de Luanda a partir da Estrada Nacional 230 e vice-versa, sendo obrigados agora a efectuarem ginásticas mil para o acesso aos seus bairros através daquela via rodoviária.
Fonte: O País
Foto: O País