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    OTAN se prepara para a retirada de suas tropas da Líbia

    Aeronave militar de Muammar Kadafi, abatida, segundo rebeldes, pelas forças aéreas da Otan.

    Os representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) devem anunciar nesta sexta-feira em Bruxelas a retirada de suas tropas do território líbio a partir da semana que vem, apesar de o novo governo da Líbia ter pedido a permanência dos soldados no país até o final do ano. A Onu já adotou, nessa quinta-feira, uma resolução que coloca fim ao mandato OTAN.

    Em entrevista coletiva em Berlin, o secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, confirmou que a organização vai anunciar oficialmente nesta sexta-feira que suas tropas deixarão o território líbio no dia 31 de outubro. “Nós cumprimos a nossa missão”, disse ele. No entanto, Rasmussen ressaltou que se o novo governo da Líbia solicitar, os OTAN poderia ajudar o país em sua transição democrática.

    O Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT) pediu, na quarta-feira, que a OTAN continue suas operações no país, pelo menos até o fim do ano. Os novos representantes de Trípoli afirmam que, mesmo depois da morte de Muammar Kadafi, os partidários do ditador ainda representam uma ameaça para o país.

    Nesta quinta-feira o Conselho de Segurança da Onu adotou, por unanimidade, uma resolução que coloca fim ao mandato que permitiu a operação ocidental na Líbia. O texto ordena o fim da zona de exclusão aérea e de toda ação militar para proteger civis, a partir da meia noite (horário da Líbia) do dia 31 de outubro.

    A resolução da ONU modifica as disposições do embargo internacional sobre armamento, com isso o CNT poderá adquirir armas para sua defesa. O documento também coloca fim ao congelamento dos bens da Corporação nacional líbia do petróleo, a Zuetina Oil Company, e às restrições visando o Banco Central da Líbia, o Libyan Arab Foreing Bank, o Libyan Investment Authority e o Libyan África Investment Portfólio.

    O CNT declarou a “libertação” oficial da Líbia no dia 23 de outubro, três dias depois da morte de Muammar Kadafi. A Otan, que realizou os ataques aéreos decisivos para a queda do coronel Kadafi, indicou que buscava novas vias para ajudar o CNT na área da segurança.

     

    Fonte: RFI

    Foto: REUTERS/Anis Mili

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