
Luanda – O cantor Filipe Mukenga considerou hoje, quarta-feira, em Luanda, que a morte do seu colega André Mingas, deixou um vazio no music hall nacional, pois era um artista engajado na exploração das novas sonoridades como o Jazz.
Filipe Mukenga, em declarações à Angop, referiu ter compartilhado ideias com André Mingas sobre outras nuances de fazer música, tendo sempre em conta que esta arte é feita para o consumo
mundial.
“Tínhamos a música como uma das belas artes. Aprendi com André a utilização dos acordes invertidos que vêm do Jazz. Éramos amigos e como tal intercambiávamos ideias nesta área”, asseverou.
Para o cantor, Angola perde assim um músico que via a nova música de Angola, numa perspectiva internacional.
Por sua vez, o artista plástico Tomás Ana “Etona” apontou que André Mingas era uma voz activa no ramo cultural, chegando a ocupar o cargo de vice-ministro da Cultura.
“Pessoas do género de André Mingas, que além de músico era arquitecto de formação, são necessárias para o desenvolvimento do país. A sua morte representa assim uma grande perda para Angola”, indicou.
O músico e compositor angolano André Mingas morreu esta terça-feira, no Brasil, vítima de doença.
Arquitecto de profissão, antigo vice-ministro da Cultura, tinha sido indicado para cônsul de Angola em São Paulo (Brasil).
André Mingas ocupou ainda o cargo de assessor do Presidente da República para os assuntos locais e regionais.
A música “Esperança” é uma das virtuosidades do cancioneiro assinado por André Mingas. Para além desta há ainda a referir as canções “Mufete” e “Tchipalepa”.
Fonte: Angop
Foto: Angop