
O governo e a oposição na Mauritânia acordaram dialogar de forma ampla para encontrarem pontos comuns que permitam alicerçar as bases de unidade nacional no país.
A iniciativa, bem vista pelas demais forças políticas, surgiu da parte do chefe de Estado, Mohamed Ould Abdel Aziz, noticiou a PANA, citando fontes oficiais.
As sessões vão decorrer no Centro Internacional de Conferências de Nouakchott (CICN) – Palácio dos Congressos. A imprensa local indica que nos trabalhos vão participar delegados do governo e da oposição, além de outras figuras estimadas pela população e nos corredores da política nacional.
A delegação governamental será integrada por um representante especial do Presidente da República e por membros da Coligação dos Partidos da Maioria (CPM), enquanto a da oposição será formada por quatro partidos, designadamente, a Aliança Popular Progressista (APP), El Wiam, El HAMAM e El Sawab.
A parte negativa da situação advém de vários partidos da Coordenação da Oposição Democrática (COD), entre as quais a Mobilização das Forças Democráticas (RFD) e a União das Forças do Progresso (UFP). Estas duas formações da oposição histórica possuem a esmagadora maioria dos deputados da oposição no seio da Assembleia Nacional, e não aceitam a iniciativa do Chefe de Estado, apesar de as demais forças políticas se mostrarem satisfeitas.
Elas afirmam que o poder não oferece qualquer garantia quanto à aplicação das futuras decisões saídas do diálogo e lembram um acordo precedente de Junho de 2009 remetido, até agora, a “letra morta”.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: AFP