
Nova Iorque (Do enviado especial) – A República de Angola participa, hoje (segunda) e terça-feira, em Nova Iorque, num Simpósio Internacional sobre Doenças não Transmissíveis, uma de três reuniões plenárias de alto nível enquadradas na 66ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O encontro, que comportará uma sessão plenária e três mesas redondas, vai debruçar-se globalmente sobre os desafios de desenvolvimento dos estados e o impacto social e económico dessas doenças nos países em desenvolvimento.
As mesas redondas vão abordar o aumento da incidência, desafios ao desenvolvimento e outros impactos dessas doenças e seus factores de risco, o fortalecimento das capacidades nacionais, bem como as políticas para a prevenção, controlo e promoção da cooperação internacional para o tratamento das mesmas.
Em declarações à imprensa angolana, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem, considera preocupante o peso crescente de doenças crónicas no mundo, tais como as diabetes, hipertensão arterial, o cancro e outras que, em boa parte, resultam de maus hábitos de vida.
Neste sentido, disse que a situação é mais grave em países como Angola, em que essas patologias vêm juntar-se a outras transmissíveis, como a malária, Sida e a tuberculose, que têm grande incidência na qualidade de vida das populações.
O ministro disse que as grandes estratégias a serem debatidas no simpósio são as que estão definidas pela Organização Mundial de Saúde, mas a sua implementação passa pela educação e o estilo de vida das populações, com a prática de exercícios físicos, boa alimentação, o combate às bebidas alcoólicas e outras práticas nocivas à saúde.
Entretanto, e no que à Assembleia Geral diz respeito, o debate vai decorrer de 21 a 30 do corrente mês, período reservado aos discursos dos líderes de todos os estados membros das Nações Unidas.
O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, será representado no conclave pelo vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos, que deve chegar terça-feira a Nova Iorque.
A presente sessão da Assembleia Geral, iniciada no dia 13 deste mês, sob o lema “o papel da mediação na resolução pacífica de conflitos”, comporta uma agenda de 165 pontos, de que se destacam a apresentação dos relatórios dos principais órgão da ONU e eleições para as diferentes vagas nos principais órgãos da organização.
Destacam-se também a manutenção da paz e segurança internacional, a promoção do desenvolvimento sustentável, os progressos na implementação da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), promoção dos Direitos Humanos, coordenação e assistência humanitária, promoção da justiça e Direito Internacional, desarmamento, combate às drogas, prevenção do crime e combate ao terrorismo internacional.
A Assembleia Geral vai prestar particular atenção à crise económica e financeira mundial e suas repercussões nos países em desenvolvimento, as alterações climáticas, segurança alimentar, a reconstrução e o fortalecimento dos países saídos recentemente de conflitos e a reforma das instituições da ONU e financeiras internacionais.
O mesmo sucederá em relação aos direitos humanos, ajuda humanitária, a estratégia de combate ao terrorismo, prevenção de conflitos e o desarmamento.
Fonte da representação permanente de Angola junto das Nações Unidas disse à Angop que, tendo em conta o papel central que o país tem desempenhado na resolução de conflitos em África, será tido em grande medida, particularmente na abordagem do tema “O papel da mediação na resolução pacífica de conflitos”.
Fonte: Angop
Fotografia: Angop