Confusão e alguma insatisfação à mistura marcaram o ambiente vivido entre os candidatos à compra de apartamentos na cidade do Kilamba, que ontem estiveram no posto de vendas, na rua Rainha Ginga, na Baixa de Luanda.
O local, que nos três primeiros dias se destinou a atender entidades públicas e privadas que previamente solicitaram a compra de habitação, chegou a abrir uma excepção e atendeu toda a gente, mas a Delta Imobiliária, empresa contratada para a comercialização das casas, anunciou, no mesmo dia, em comunicado, que, temporariamente, cessava o atendimento a particulares, que passa a ser feito nos postos instalados na cidade do Kilamba.
A situação não agradou a algumas centenas de pessoas, maioritariamente jovens, que se encontravam à porta da empresa na rua Rainha Ginga e gerou confusão, que só terminou, cerca de uma hora depois, com a intervenção das forças de segurança.
Pedro Nsuka era um dos descontentes. Apesar de atempadamente avisado da existência de mais quatro postos de atendimento, pretendia inscrever-se naquele local por ser mais próximo do trabalho e por a sua viatura ter sofrido uma avaria.
“Muitos de nós estiveram aqui ao final da tarde de ontem e não nos foi adiantado nada sobre isso, o que levou algumas pessoas a passarem a noite no local para nada”, lamentou.
Apesar da adversidade não pensa em desistir e programou para hoje uma deslocação à nova centralidade do Kilamba.
A necessidade e a convicção que pode pagar um T3 mantêm-lhe a esperança do sonho de ter casa própria.
Mesmo com a suspensão no atendimento a particulares, até ao início da tarde de ontem havia pessoas que não arredavam o pé do posto da rua Rainha Ginga.
Fonte: Jornal de Angola