Os preços globais de alimentos ficaram perto da máxima de três anos em Julho e os stocks atingiram níveis mínimos, acumulando a pressão sobre os mais pobres, afirmou o Banco Mundial na segunda-feira, em Washington.
O índice do Banco Mundial que mede o preço dos alimentos subiu 33 por cento em Julho em relação ao mesmo mês do ano passado e ficou perto dos maiores níveis atingidos em 2008, com aumentos significativos nos preços de oprodutos como o milho e do açúcar. Preços mais altos de alimentos e energia têm contribuído para a pressão inflacionária no mundo, mas esse problema tem sido mais grave nos países em desenvolvimento.
“Persistentemente, preços elevados de alimentos e stocks reduzidos indicam que ainda estamos na zona de perigo, com as pessoas mais vulneráveis com menos capacidade para lidar com isso”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Enquanto a oferta geral de alimentos melhorou desde Abril, principalmente devido a boas colheitas de trigo nos Estados Unidos e na Europa e melhores rendimentos de milho na Argentina e no Brasil, os stocks globais permanecem “alarmantemente” reduzidos, disse o Banco Mundial.
A produção global de grãos em 2011/12 está projectada para aumentar três por cento em relação à estimativa de 2010/11. O BM disse que a produção de biocombustíveis também estava a elevar o preço do milho e que, nos primeiros quatro meses de 2011, a procura por milho norte-americano para a produção de etanol subiu oito por cento.
Fonte: Jornal de Angola