O G7 e o Banco Central Europeu desdobraram-se ontem em conversas telefónicas e reuniões de emergência para tentar acalmar os mercados, perante as crises europeia e norte-americana e evitar uma segunda-feira negra nas bolsas.
Ontem, um dia depois do corte no rating da dívida norte-americana, pela agência Standard & Poor’s (S&P), a Bolsa de Telavive esteve suspensa durante cerca de uma hora, após uma queda de seis por cento no índice TA-100 dos primeiros 100 valores, informou a rádio pública israelita.
Para tentar acalmar os ânimos, antes da abertura dos mercados asiáticos, realizaram-se ontem uma série de negociações e debates internacionais.
Até porque a S&P deve anunciar hoje os resultados da revisão que fez à classificação de entidades ligadas ao governo norte-americano, como as agências financeiras Fannie Mae e Freddie Mac, alertou ontem o jornal “Financial Times”. Os ministros das Finanças e os administradores dos bancos centrais do G7 – que reúne Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Canadá, Itália e Reino Unido – debateram ontem o que fazer para combater o pânico nas bolsas e devem divulgar uma declaração comum durante o dia, informam os media japoneses.Por seu lado, os administradores do Banco Central Europeu reuniram-se ontem, de emergência, para debater se vão, ou não, começar a comprar dívida italiana, avançou ontem de manhã a BBC.
E os países do G20, que reúne as principais economias do planeta, participaram ontem numa conferência telefónica de urgência sobre a crise da dívida e o rating dos Estados Unidos, informou o ministro-adjunto sul-coreano das Finanças, Choi Jong-Ku.
O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron falaram sábado ao telefone durante cerca de meia hora acerca da situação financeira mundial, avançou fonte do Eliseu à AFP.
A crise na zona euro deu já lugar, na passada quarta-feira, a uma série de troca de telefonemas entre o presidente francês, o primeiro-ministro britânico, o presidente norte-americano, Barack Obama, a chanceler alemã, Ângela Merkel, o primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, e o primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero.
Os dirigentes dos países da Zona Euro estão dispostos a fazer esforços concertados depois de terem verificado que o acordo firmado a 21 de Julho para fazer face à crise não convenceu os mercados.
Fonte: Jornal de Angola